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Direito Penal

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[04/11/2010 - 16:30] Homicídios: Força Nacional auxilia polícia no desfecho de inquéritos

Polícia alagoana receberá apoio da Força Nacional, para costurar inquéritos de crimes de homicídios, não solucionados há vários anos



A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) vai enviar 45 policiais civis a Alagoas para auxiliar a polícia local na solução de inquéritos que tratam de homicídios e que estão acumulados há vários anos. A prioridade será dada aos casos sem solução até dezembro de 2007. Os policiais da FNSP escalados para a missão receberam hoje (4/11), em Brasília, orientações do secretário Nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri.

Esta será a primeira vez em que a FNSP vai contar com a presença de policiais civis desde que foi criada, em 2004. Até agora, a força era formada apenas por membros de corporações militares. O grupo que vai atuar em Alagoas é composto por delegados de polícia, investigadores e escrivães, que vão trabalhar sob o comando das autoridades policiais alagoanas.

O índice de homicídios no estado é um dos mais altos do país. Em 2008 foram 60,05 casos por 100 mil habitantes, mais do que o dobro da média nacional, de 25,64 para cada 100 mil habitantes.

Balestreri explicou que os policiais alagoanos enfrentam dificuldades para trabalhar nos inquéritos porque precisam cuidar também de questões cartoriais. "Lá existem profissionais valiosíssimos, mas que estão abarrotados pelo entulho cartorial", disse o secretário. O trabalho de apoio foi pedido pelo governador Teotônio Vilela, do PSDB. "É uma colaboração que transcende questões partidárias", afirmou Balestreri.

A média de resolução de homicídios nos estados brasileiros é de 30%, mas há unidades da Federação que não conseguem elucidar nem 8% dos casos. "Isso dá uma ideia do grande volume de casos de furtos e estelionatos que ficam sem solução por falta de condições de resolver". Para o secretário, as deficiências na área da segurança pública envolvem heranças culturais, falta de aparelhamento adequado e problemas de gestão, alem de “influências políticas espúrias, como o coronelismo".

FONTE: Agência Brasil






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