A rede de restaurantes de fast food McDonald´s, por exemplo, contratou o serviço da Arquivei, de São Paulo. O fundador da startup, Christian de Cico, promete deixar seus clientes tranquilos no que diz respeito ao controle das notas fiscais eletrônicas.

“Vi vários problemas de gestão de documentos”, afirma, referindo-se ao período em que atuou como diretor administrativo e financeiro de uma construtora. Na sua visão, o governo se modernizou na questão de cobrança de tributos, mas as empresas continuaram com processos manuais lentos, custosos e ineficientes.

Para resolver o problema, em 2013 ele decidiu fundar a Arquivei. O empreendedor desenvolveu um software conectado à Secretaria da Fazenda e permite que seus clientes recebam todas as Notas Fiscais Eletrônicas (NFe) e o documento de Conhecimento de Transporte Eletrônico (CTe).

De Cico diz que o grande diferencial não é aliviar as empresas de fazer o processo manualmente ou ter uma grande equipe para organizar as notas eletrônicas. De acordo com ele, com o serviço da startup a companhia acessa informações que antes não tinha como conseguir.

Ele usa o exemplo do McDonald’s, seu maior cliente. “A automação eles já tinham, mas queriam uma visão consolidada de tudo o que estava sendo comprado”, diz. Por meio do software da Arquivei, a gigante norte-americana consegue em poucos segundos, por exemplo, localizar um freezer de uma unidade específica no interior do País e ver se está na garantia para decidir se realiza um reparo.

Mais de mil restaurantes da rede no Brasil estão mapeados pela Arquivei. O fundador explica que ter conquistado esse grande cliente no início da operação, quando a startup não tinha nem dois anos, foi fundamental para o crescimento. “O grau de confiança da nossa empresa subiu demais”, conta.

Depois de “provar” que seu software estava pronto, o empreendedor conquistou novos clientes. Empresas como Lenovo, Faber Castell e O Boticário passaram a utilizar os serviços da Arquivei. As companhias pagam uma mensalidade pelo uso da plataforma.

Online e off-line

Também em 2013, surgiu em São Paulo a PiNion, com foco em pesquisas de mercado. Os fundadores queriam fazer com que os consumidores de uma marca opinassem sobre seus serviços ou produtos, possibilitando para os executivos uma visão melhor sobre a percepção de seu negócio por parte do público.

Por meio de um aplicativo, a empresa conecta marcas com seus consumidores. Os interessados em participar das pesquisas recebem um valor pelo serviço prestado, seja de forma online ou presencial.

A startup oferece três produtos para seus clientes. Um deles é a pesquisa virtual, que consiste em questionários como numa pesquisa de mercado tradicional. Quem responde ganha alguns centavos ou até R$ 1 para participar.

Outra maneira de saber a opinião dos consumidores é por meio do monitoramento. Nesse modelo os participantes vão até o ponto de venda e, além de responder um questionário, enviam fotos para a empresa contratante saber as condições de apresentação do produto, por exemplo.

Os empreendedores, porém, são mais procurados para prestar o serviço de cliente oculto. Para selecionar o público, a PiNion busca os candidatos mais adequados em cada caso em seu próprio banco de dados, que tem mais de 400 mil usuários. Dependendo da solicitação do cliente – seja um serviço prestado, como o de uma pizzaria, ou um produto, como uma cerveja – , é selecionado um perfil específico no banco de dados.

Os selecionados recebem um valor para ir até o local, consumir o produto e dar seu feedback. No caso de uma pizzaria, o respondente vai avaliar toda a sua experiência como consumidor, desde a chegada até o local e como foi recebido pelos funcionários até a pizza e seu sabor.

A PiNion já prestou serviços para mais de 150 clientes, entre eles empresas e marcas como Santander, L’Oreal, Nivea e Companhia Tradicional do Comércio, dona da Lanchonete da Cidade e da Bráz Pizzaria.

FONTE: DCI - Diário Comércio Indústria & Serviços