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[21/08/2018 - 09:47] Compliance para pequenos? Não é tão complicado assim

A adoção de algumas ações dentro da empresa pode garantir vantagens competitivas às empresas de menor porte



A cultura do compliance pode ser adotada também pelas pequenas empresas. Esse é um investimento que pode trazer ganhos de competitividade aos pequenos, uma vez que as grandes companhias estão cada vez mais preocupadas com a atuação de seus fornecedores.



Compliance pode ser entendido como condutas que garantam o cumprimento de algumas regras, sejam elas fiscais, tributárias, ambientais, entre outras vigentes dentro ou fora do país.



Segundo a advogada Camila Gullo, as empresas de menor porte podem adotar medidas simples, como elaborar um código de ética, redesenhar procedimentos internos, promover agenda de treinamentos para a equipe e usar um canal de denúncias.



Para ela, há uma pressão forte do mercado, pois as grandes empresas estão preocupadas com os fatores de risco e passam essa análise para os seus pequenos e médios fornecedores.



“Uma coisa que não é inédita, mas muito mais relevante hoje no Brasil, é a prisão de executivos, que até pouco tempo atrás não acreditávamos muito que poderia acontecer. Quando falo em executivo, não é só o das grandes empresas. O Estado do Espírito Santo, por exemplo, já está penalizando pequenas e médias empresas com base na lei anticorrupção”, disse a advogada.



Camila foi a palestrante de evento promovido pelo Conselho do Setor de Serviços da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).



Ela explicou que o primeiro passo para as pequenas empresas aderirem ao compliance é estudar o assunto. Depois, reunir equipe, diretoria e gestores para listar em conjunto todos os valores da empresa e colocar tudo no papel. O passo seguinte é a elaboração de comunicado sobre a aderência ao compliance para os clientes e o mercado.



“Ao implementar o compliance, você cria mecanismos de controles internos e toma as rédeas da situação. Com isso, você promove a sustentabilidade e o crescimento da sua empresa”, comentou a advogada.



José Maria Chapina Alcazar, coordenador do Conselho de Serviços da ACSP, afirmou que as empresas precisam se adaptar ao modelo de compliance para não perderem mercado. “As PMEs vão deixar de fornecer para o governo e para grandes empresas, pois estas estão passando a exigir a prática de compliance dentro e fora da sua estrutura organizacional”.



Alcazar lembrou da recente aprovação da lei de proteção de dados como ilustração das atuais mudanças anticorrupção do País que reforçam a importância da prática de compliance.



“Vejam quantas coisas estão acontecendo que buscam a integridade, a cidadania, a coisa certa. Os tempos estão mudando e estão vindo para ficar. O empresário precisa se adequar a essa realidade”.



FONTE: Diário do Comércio






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